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domingo, 15 de abril de 2012

Aldeia de pixels e papel


Discípulo de McLuhan, físico canadense diz que cérebro humano precisa do impresso


Parceiro de Marshall McLuhan, físico, linguista, e especialista em comunicação, Robert K. Logan está no Rio para lançar seu mais recente livro, “Que é informação?” (Contraponto/Editora PUC, tradução de Adriana Braga), e para uma série de aulas e conferências em universidades e escolas. Quase meio século depois de seu mestre elaborar o conceito de aldeia global e a ideia de que o meio é a mensagem, O GLOBO conversou com Logan sobre este tempo em que vivemos imersos em nuvens de dados. Ele prega a ideia de que o cérebro humano é viciado em tinta e papel e fala da criação do smartbook, dispositivo que alia o impresso ao virtual.
 
O senhor diz que o cérebro humano é dependente de tinta e papel e que a inteligência, o estudo e o aprendizado não sobrevivem sem o impresso. Essa afirmação se baseia em quê? 


ROBERT K. LOGAN: Em estudos neurofisiológicos que comparam a leitura de textos em papel com a leitura numa tela eletronicamente configurada. No texto em papel ela é restrita ao hemisfério esquerdo, que interpreta a linguagem. Já a leitura na tela, por melhor que seja a resolução, envolve, antes, o lado direito, necessário para montar o mosaico de pixels que forma a imagem de cada letra, e, depois, o lado esquerdo, num vaivém: um lado converte pixels em letras, outro transforma letras em palavras e frases. A quantidade de tráfego através do corpo caloso é enorme e dificulta a concentração e a imersão, além de tornar a leitura mais cansativa. Não é à toa que escritores que escrevem em computador preferem imprimir e ler no papel na hora de fazer a revisão. 




Nessa Era da Informação Digital, tão acelerada e exigente de adaptações de igual velocidade, ainda necessitamos do suporte físico para a leitura. 
Mas até quando?




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